quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vestígios da pré-história são achados no Brejo paraibano

Um cemitério pré-histórico foi encontrado semana passada no município de Pilões, localizado no Brejo paraibano. Ontem, dez pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), referência em estudos nessa área, foram até o local para comprovar a descoberta e começar a estudar a idade das urnas funerárias e utensílios de cerâmica, louça e pedra encontrados. O material foi achado na entrada da cidade, quando funcionários da Chesf realizavam escavações para a construção de uma subestação de energia.

O professor doutor e coordenador do laboratório de Arqueologia da UFPE, Marcos Albuquerque, adiantou que “o achado é algo precioso não só para Pilões e para o Estado da Paraíba, mas também para todo o Brasil”. “A Chesf estava realizando uma obra no local e constatou que ali poderia ter existido um cemitério, na idade pré-histórica. Como determina a lei federal 3.924, que rege o patrimônio arqueológico nacional, eles nos contactaram e paralisaram os trabalhos, imediatamente. Ao chegar no local, nossa equipe de pesquisadores constatou que aquilo realmente se tratava de um verdadeiro tesouro”, disse.
“Iremos realizar uma reunião amanhã (hoje), com os órgãos ligados ao Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, para providenciarmos a escavação total da área. Muito provavelmente serão encontradas novas urnas, e, inclusive, ossadas humanas”, acrescentou.

Ainda de acordo com o pesquisador da UFPE, a partir de um estudo mais detalhado, será revelada a idade das urnas, que à primeira vista, aparentam ter até 10 mil anos.
“Ciência se faz com exatidão. Nesse primeiro momento, poderíamos dizer que os materiais eram de índios tupis-guaranis, que habitaram a região há milhares de anos. Mas ainda é muito cedo para precisarmos a cronologia. O que podemos confirmar é que se trata de um verdadeiro tesouro nacional”.
Depois de ser analisado em laboratórios do Recife, a tendência é de que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorize que os materiais coletados sejam expostos em um museu, em Pilões. A prefeitura local já se comprometeu em construir o prédio. (Com informações de Jota Alves).

Fonte: Jornal da Paraíba

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Índios brasileiros também cultuam ETs

Várias nações indígenas da Amazônia mantêm até os dias de hoje rituais e crenças de celebração à sua origem extraplanetária

Os índios Xikrin, da nação Kayapó, na Amazônia, acreditam que são descendentes de seres que vieram das estrelas

No Brasil, muitas nações indígenas mantêm tradições e rituais que indicam uma convivência pacífica e secular com o Fenômeno UFO. Algumas até acreditam ser descendentes de seres extraplanetários, entre elas a nação Kayapó, espalhada pela Região Amazônica. O pesquisador João Américo Peret foi o indigenista que estudou mais intensamente esses nativos do Xingu, que se intitulam Menbengôkré, ou “gente que veio do buraco da água.” Envolta em várias lendas, a cultura indígena dos Kayapó possui inúmeros rituais de exaltação às forças da natureza e seres míticos, além de danças em agradecimento e comemoração. Os índios Menbengôkré, assim como as aldeias Gorotire, Xikrin, Men-krãgnoti, Kokraimôro, Txukahamãe e Kren-akôre, realizam um ritual em memória a um ser mítico a quem chamam de Bep-kororoti. Esta criatura seria um forasteiro heróico e civilizador que teria chegado à região montado em uma estrela ou uma canoa voadora. De acordo com a história exaltada pela população indígena, Bep-kororoti pousou na Cachoeira Tipôtikré, onde viveu e miscigenou com os ancestrais Kayapó. Ao retornar ao espaço, levou a esposa e um filho, deixando uma filha casada e grávida. Ufólogos e até antropólogos atribuem ao ser a origem extraterrestre, sendo sua canoa voadora um óbvio disco voador.

Trajes sagrados A lenda de Bep-kororoti assume um caráter verdadeiramente autêntico porque é ensinada na Casa dos Homens ou Escola Tribal, nas aldeias. Também é considerada como real porque, durante o ritual de adoração, os índios se vestem de maneira especial, usando trajes e máscaras consideradas sagradas, além de espingardas para representar o que chamam de kóp – a terrível arma desintegradora que o extraterrestre portava quando veio do céu. Em sua pesquisa, Peret citou a lenda contada pelo sábio conselheiro Güey-babã, que fala da vinda de Kumen, um ser que apareceu entre a neblina de uma montanha sempre envolta de misteriosos barulhos e relâmpagos. A criatura era, segundo a história, um invasor de aspecto estranho e muito grande. Tinha um olho só mas não apresentava boca e nariz, nem cabelos. Somente uma poderosa clava que desintegrava árvores e pedras. Os índios da época lutaram com ele sem conseguir vencê-lo. Mas, ao perceberem que o forasteiro não queria matá-los, deixaram-no em paz. O enigmático ser passou então a viver sozinho na montanha, sem ser importunado nem incomodar ninguém, por muito tempo. A lenda conta ainda que, um dia bem mais tarde, jovens índios viram num lago próximo outro estranho. Tinha pele clara, era alto, esguio e forte. Se aproximaram e reconheceram que era Bep-kororoti. O ser então disse ter vindo das estrelas, mas fora atacado pelos índios na montanha, várias vezes. Os nativos defenderam-se, alegando que haviam lutado na verdade com um monstro terrível.

Para convencê-los, o visitante teria mostrado a roupa com que viera do espaço, e assim Bep-kororoti foi levado à aldeia e dela passou a fazer parte. Ainda de acordo com a lenda, teria se transformado em uma espécie de mestre da tribo, pois fez com que o chefe fosse mais atencioso com os outros índios e cuidou para que todos tivessem melhoria em suas vidas. Também determinou que o Conselho de Anciãos tivesse que ajudar o líder a tomar decisões. Bep-kororoti ainda casou e teve filhos entre os indígenas. No entanto, um dia ele discutiu com os companheiros e sumiu na mata. Cobriu sua família com uma tintura preta, vestiu-se com um traje que dava choques e ameaçou a tribo com a clava com que viera à Terra. Bep-kororoti dirigiu-se à Serra Pukatôti e subiu ao céu, levando sua mulher e filho em uma estrela ou canoa voadora, em meio a trovões e relâmpagos. Após este acontecimento, a região passou por grandes mudanças climáticas e os índios, por terríveis necessidades. Para livrar a tribo da morte, a filha de Bep-kororoti, Niôpoti, que havia ficado, foi até a montanha e se cobriu com a mesma tintura preta. Logo depois, ocorreu uma explosão e ela foi elevada ao céu. Ao voltar, trouxe sua mãe e o irmão – que posteriormente retornaram ao espaço –, remédios, alimentos e sementes. Niôpoti, atendendo a recomendação de Bep-kororoti, levou seu povo para morar na Serra Pukatôti, onde encontraram as “casas de pedras feitas por Deus”. Ali passaram a viver em paz e com prosperidade. E assim os índios mantêm sua lenda até hoje.

Fonte: Revista UFO

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Grupo acha dinossauro herbívoro gigante em SP

REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S.Paulo

Restos de um dos gigantes brasileiros da Era dos Dinossauros estão vindo lentamente à tona em Marília (444 km a noroeste de São Paulo). Tudo indica que se trata de um saurópode, dino pescoçudo e comedor de plantas que pode ter chegado a 13 metros.

O esqueleto de dezenas de milhões de anos apenas começou a ser exposto, mas há esperança de que boa parte do animal ainda esteja por lá, porque as vértebras achadas até agora estão articuladas, ou seja, unidas umas às outras na posição que ocupavam em vida.


Concepção artística de saurópodes, ordem à qual provavelmente pertenceu o fóssil achado em Marília (444 km a noroeste São Paulo)

'Esse fato é um golpe de sorte relativamente raro na paleontologia brasileira, contou à Folha o responsável pela descoberta, William Nava, do Museu de Paleontologia de Marília'.

Rumo à cabeça

"Como temos parte da região pélvica [do quadril] preservada e associada às vértebras dorsais, estamos escavando agora na direção da cabeça do bicho. Tudo indica que poderemos achar as vértebras cervicais, do pescoço, e também o crânio preservado sob as camadas de arenito, o que seria fantástico. Essa é a nossa expectativa", afirma Nava, um dos mais ativos caçadores de fósseis do interior de São Paulo.

As primeiras pistas do saurópode surgiram no último mês de abril, quando a presença de conchas fossilizadas de bivalves (moluscos como as atuais ostras) chamou a atenção de Nava. "Resolvi investigar o barranco que margeia o acostamento da estrada e vislumbrei diversos fragmentos ósseos despontando na rocha, mas bastante escurecidos, indicando que estavam há um bom tempo expostos", conta ele.

Essa coleção inicial de restos, por si só, já parecia interessante: havia vértebras da cauda, costelas e dois outros ossos grandes (um deles provavelmente corresponde ao fêmur). Um pouco mais de trabalho revelou a presença de duas vértebras articuladas, medindo, cada uma, cerca de 20 cm. "Quando se encontra material articulado a tendência é nos concentrarmos nele, devido justamente à escassez dele", explica Nava.

Colaboração

Ele repassou as informações sobre a escavação ao paleontólogo Rodrigo Santucci, da UnB (Universidade de Brasília), que é especialista em saurópodes. Conforme o trabalho avançar, Santucci será capaz de determinar se o animal era um titanossaurídeo (principal grupo de saurópodes do país, caracterizados pela presença de "calombos" ósseos em seu couro) e avaliar se a espécie ainda não é conhecida da ciência.

Antes disso, porém, Nava está planejando a retirada do material da encosta, o que pode se transformar numa operação longa e delicada. A ideia é extrair todo o bloco contendo os ossos até agora encontrados e outros ainda encobertos por rocha. O trabalho no local também trouxe à tona o crânio e a mandíbula de um parente extinto dos jacarés e crocodilos.