segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sopinha de 2.400 anos!

Encontrada na China marmita com sopa preparada há 2.400 anos


PEQUIM, 13 dez 2010 (AFP) -Arqueólogos chineses acreditam ter encontrado uma marmita de bronze com uma sopa preparada há 2.400 anos, informa imprensa oficial do país.

A descoberta foi feita na escavação de uma tumba na região de Xian (norte), antiga capital chinesa e atual província de Shaanxi, segundo o jornal Global Times.

"Esta é a primeira vez na história arqueológica chinesa que encontramos uma sopa que contém ossos", explicou Liu Daiyun, do Instituto de Arqueologia da província de Shaanxi.

"Esta descoberta será particularmente útil para estudar os costumes alimentares dos Reinos Combatentes" (Séculos V-III antes de Cristo), acrescentou.

Durante as obras de ampliação do aeroporto de Xian, cidade célebre pelo exército enterrado de guerreiros de terracota, foram encontradas a tumba e o recipiente - uma pequena marmita trípode - contendo os ossos e um líquido esverdeado.

O líquido deve ser analisado para permitir a descoberta dos ingredientes e confirmar que se tratava de uma sopa.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mudanças climáticas colocam em perigo tesouros arqueológicos

DA FRANCE PRESSE

A desertificação, o degelo, o aumento das chuvas torrenciais e dos furacões como consequência das mudanças climáticas podem destruir diversos tesouros arqueológicos, como templos maias, alertaram especialistas.

Múmias decompostas na Sibéria, pirâmides enterradas na areia no Sudão, templos maias que implodem: as mudanças climáticas podem destruir vários tesouros arqueológicos, mas também revelar novas descobertas, como Oetzi, o "homem do gelo" encontrado em 1991 em uma geleira nos Alpes.

O degelo, por exemplo, ameaça vestígios de kurgans, tumbas da época dos Escitas, na Ásia Central, garantiu Henri-Paul Francfort, que chefia uma missão francesa nesta região para estudar os restos desta civilização nômade nas montanhas de Altai, na Sibéria.

"O permafrost, camada de terra constantemente gelada que os conservou até agora, derrete e ameaça decompor os corpos mumificados, tatuados, enterrados com cavalos sacrificados, peles, objetos de madeira, vestuário", explicou o especialista.

"Se não nos anteciparmos, logo será muito tarde", alertou o arqueólogo, que confirmou um degelo muito importante no Ártico em 2010.

O aquecimento, entretanto, pode ter o efeito contrário. No Tirol italiano, "é, sem dúvida, a retração de uma geleira que permitiu descobrir um dia o Oetzi, um guerreiro de 5.300 anos atrás. O derretimento das geleiras, especialmente na Noruega, frequentemente traz à tona outros vestígios", justificou.

Outro motivo de inquietação é o aumento do nível dos mares. Segundo os últimos dados dos cientistas, o nível da água subirá um metro até 2100, ameaçando regiões costeiras inteiras.

"A elevação das águas em certas ilhas do Pacífico provocará inevitavelmente a destruição dessas zonas costeiras. Na Tanzânia, a erosão marítima destruiu um muro do forte de Kilma, construído pelos portugueses em 1505", relatou Francfort.

Em Bangladesh, a cidade de Panam-Sonargaon, centro do reino de Bengala do século 15 ao 19 e um dos cem locais ameaçados pela Unesco, é frequentemente inundada pela elevação do nível das águas.

A multiplicação de fenômenos climáticos extremos, "especialmente os ciclones com cargas de água excepcionais que caem em tempo recorde", preocupa também os arqueólogos, segundo Dominique Michelet, especialista francês em arqueologia da América.

Michelet citou os casos de Chan Chan, do antigo reino chimú, e a maior cidade da América pré-colombiana (Peru), castigada pelas inundações provocadas pelo fenômeno El Niño, e o do templo maia de Tabasqueno (México), destruído pelos furacões Opalo e Rozana em 1995, mas restaurado posteriormente.

"Os arqueólogos estabilizaram o templo principal, mas os edifícios encheram de água e implodiram", explicou.

Vincent Charpentier, no Instituto Francês de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (INRAP), especialista em zonas costeiras, confirmou esta ameaça.

"No sultanato de Omã, os ciclones Gonu, em 2007, e Phet, no verão passado (do hemisfério norte), enterraram na areia locais de 5.000 a 6.000 anos antes de nossa era", contou.

A areia é um dos piores inimigos dos vestígios antigos, especialmente nos desertos. No Sudão, as dunas que rodeavam a cidade de Meroe, capital do reino de Nubia (do século 3 a.C ao 4 d.C), atacaram as pirâmides e as enterraram.

Michelet jugou "indispensável um trabalho de alerta que deve ir além de um inventário dos locais ameaçados catalogado pela Unesco".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novas esfinges são achadas em avenida que unia templos de Luxor e Karnak



Cairo, 15 nov (EFE).- Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges, estátuas com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro, na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, a 600 quilômetros ao sul do Cairo,

Segundo um comunicado do Conselho Supremo de Antiguidades estas esculturas datam da época do último rei da 30ª dinastia (343-380 a. C.).


A avenida, ladeada por uma dupla fila de esfinges que representavam o deus Amon, tem cerca de 2.700 metros de comprimento e 70 de largura e foi construída por Amenhotep III (1372-1410 a.C.) e restaurada, posteriormente, por Nectanebo I (380-362 a.C.).


Por outro lado, os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une a avenida onde foram achadas as estátuas, com o rio Nilo.


A nota explica que, até o momento, só foram desenterrados 20 metros dos 600 que compõem o novo caminho, e que continuam as escavações para descobrir o resto deste trajeto, construído com pedra de arenito, um sinal da importância que tinha em seu tempo, esclarece o comunicado.


O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawas, explicou que o caminho achado era o que se utilizava para transferir em procissão a imagem do deus Amon em sua viagem anual ao templo de Luxor, para se encontrar com a imagem de sua mulher Mut.


Além disso, esta via era utilizada pelo rei quando participava de cerimônias religiosas, segundo Hawas. EFE

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os oásis no lado escuro da lua

A Nasa anuncia a descoberta de grandes quantidades de água no satélite e alimenta o sonho de construir sua base lunar

Por Hélio Gomes
(Revista Isto É - Ed. 2138)

Há pouco mais de um ano, um experimento radical da Nasa deixou boa parte da população mundial com a pulga atrás da orelha. Sob o pretexto de buscar evidências da existência de água na Lua, a agência espacial americana lançou um foguete contra uma das crateras localizadas no lado eternamente escuro do satélite. Com o impacto, seis toneladas de detritos foram lançadas no espaço. Noventa segundos depois, uma sonda não tripulada recolheu parte do material para estudo. A expectativa era confirmar que ao menos 1% dele seria água em estado sólido ou gasoso. Para surpresa de muitos, o volume chegou a generosos 5,6%. A descoberta, fruto de mais de 12 meses de análises, foi anunciada na semana passada na capa da revista especializada “Science”, a mais respeitada publicação científica do mundo.

As intenções por trás do experimento nunca foram negadas pela Nasa. Com ele, os americanos queriam descobrir se o abastecimento de água para uma possível estação lunar poderia ser garantido pelas reservas locais. Além da retomada dos voos tripulados à Lua ser um dos objetivos da atual gestão do órgão governamental, uma possível base lunar americana também serviria como uma espécie de “centro de lançamento” para missões mais ambiciosas, como uma viagem tripulada a Marte. “Encontramos um volume significativo de água”, disse Anthony Colaprete, cientista-chefe das pesquisas da Nasa. “E o melhor é que ela estava na forma de cristais de gelo. Você não precisa aquecê-los demais para alcançar o estado líquido e avançar para o processo de filtragem”, complementa o pesquisador.
As descobertas não param por aí. Graças às informações recolhidas por suas sondas, a Nasa chegou à conclusão de que o lado escuro da Lua é re­pleto de oásis em tamanhos diversos e localizados em crateras como Cabeus, a escolhida para receber o impacto do foguete americano. Em alguns desses lugares, as temperaturas alcançam -244ºC, o que garantiria a preservação do gelo por bilhões de anos. “Batizamos essas áreas recém-descobertas de ‘permafrost lunar’. Elas são muito maiores do que supúnhamos”, afirmou David Paige, mais um pesquisador da Nasa.

Claro que a história rendeu boas teorias de conspiração, já que, além de água, a Nasa achou elementos como cálcio, hidrogênio, monóxido de carbono e mercúrio no solo lunar (leia quadro ao lado). Mas nada mexe mais com o imaginário popular do que a possibilidade de erguermos uma espécie de “puxadinho” em nosso satélite. Pensando nisso, o americano “Wall Street Journal” lançou a seguinte enquete em seu site: “Você apoiaria a construção de uma base humana na Lua?” Mais de cinco mil pessoas responderam à questão. O placar final? Nada menos que 81,3% a favor e 18,7% contra. Pelo visto, candidatos a colonos não serão problema.

Quase "Jurassic Park"

Como no filme, cientistas encontraram insetos preservados há mihões de anos em âmbar. E descobriram uma conexão ainda maior entre a Índia e a Ásia

Por André Julião
(Revista Isto É - Ed. 2138))

O achado de insetos com 50 milhões de anos em ótimo estado de conservação está reescrevendo a história da geologia e da biodiversidade da Índia. Os animais são muito mais parecidos com aqueles que se espalham atualmente pelo resto da Ásia do que supunham os cientistas, o que indica que o choque do território com a Eurásia aconteceu mais cedo do que se acreditava. Antes de fazer parte do continente asiático, a Índia era uma ilha. Por 100 milhões de anos ela se moveu, até se chocar com o continente vizinho, formando a cadeia de montanhas do Himalaia. Outra hipótese é de que, antes de se chocarar, os dois territórios fossem ligados por ilhas.

Os animais encontrados estavam conservados em âmbar, a resina fossilizada de árvores. A descoberta lembra o filme “Jurassic Park”, de 1993. Na ficção do diretor Steven Spielberg, mosquitos que picavam os dinossauros foram encontrados nas mesmas condições – o que permitiu a fantasiosa recriação dos lagartos jurássicos. “Onde quer que haja ilhas ou continentes que estiveram isolados por longos períodos, existe endemismo (ocorrência de espécies exclusivas daquele local)”, disse à ISTOÉ Jes Rust, paleontólogo da Universidade de Bonn (Alemanha) e chefe do estudo. “A Austrália, que não teve contato com outras partes do planeta nos últimos 30 milhões de anos, é o exemplo mais conhecido”, explica. Outros casos incluem a ilha de Madagascar, na África, e a América do Sul. Segundo o pesquisador, o novo estudo leva a crer que apenas três milhões de anos sejam suficientes para que espécies de diferentes origens se misturem.



Para chegar a essas conclusões, Rust e outros pesquisadores extraíram cerca de 150 quilos de âmbar de depósitos na Índia ocidental. Eles identificaram elementos químicos que sugerem que a resina foi produzida por uma família de árvores tropicais distribuídas por grande parte do globo. Para alcançar os animais, dissolveram o material, do qual extraíram 700 indivíduos inteiramente preservados de insetos, aracnídeos e crustáceos ancestrais, de pelo menos 55 famílias. Havia ainda restos de plantas e fungos.

Além da Ásia, os animais têm ainda conexões com espécies hoje encontradas na Austrália e com outros espécimes ancestrais achados em pontos distantes da América Central. “Foi uma grande surpresa. Esperávamos encontrar espécies totalmente distintas, já que elas evoluíram isoladamente por muito tempo”, diz o paleontólogo. O parentesco dos insetos indianos com seres que vivem em territórios tão longínquos criou um novo conceito para o termo “parente distante”.

Estátua do faraó Amenhotep III é encontrada em Luxor


Sex, 05 Nov, 09h18



CAIRO (AFP) - Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass.

A estátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor.


"É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário" de Amenhotep III, disse Hawass.


Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado, outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3.000 mil anos, na mesma região.


Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C, seria o avô de Tutankamon, segundo análises de DNA de diversas múmias.


Petrobrás assina convênio para revitalização do Vale dos Dinossauros


A Petrobras e o Governo do Estado da Paraíba, através da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) assinaram no dia 26 de outubro, contrato de patrocínio do projeto de Revitalização do Monumento Natural Vale dos Dinossauros.

O objetivo do projeto é proteger e recuperar as instalações físicas, as réplicas dos dinossauros, as máquinas, equipamentos e utensílios, além de possibilitar ações como a confecção de material educativo para orientar a prática de pesquisa cultural e científica na região.

domingo, 10 de outubro de 2010

Estátua do faraó Amenhotep é localizada no sul do Egito
Oficiais egípcios afirmam ser "uma das mais maravilhosas estátuas encontradas nos últimos tempos"



A descoberta dessa terceira estátua do rei nessa área aponta para a possibilidade de que existam mais estátuas do faraó na região
Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu uma estátua do faraó Amenhotep III (1410-1372 a. C.) na cidade monumental de Luxor, a 600 quilômetros ao sul do Cairo, informou hoje o ministro de Cultura egípcio, Farouk Hosny. Em comunicado divulgado pelo Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (CSA), o ministro detalhou que a parte posterior de uma estátua dupla desse rei, esculpida em rocha, foi desenterrada próximo de seu templo, no oeste do rio Nilo.

A representação de Amenhotep sentado sobre um trono ao lado do deus Amon, a principal divindade de Tebas, a capital do Egito no Médio Império (1975-1640 a.C.) e no Novo Império (1539-1075 a.C.), fica onde é hoje a cidade de Luxor. A estátua, que mede 1 metro e 30 centímetros de altura e 95 centímetros de largura, leva na cabeça uma coroa dupla que representava o norte e o sul do Egito e uma peruca.

O secretário-geral do CSA, Zahi Hawass, destacou na nota que a peça arqueológica "é uma das mais maravilhosas estátuas da realeza faraônica encontradas nos últimos tempos, pela precisão que mostra a escultura e os detalhes do rosto do Amenhotep III". Nesse contexto, Hawass disse que a descoberta dessa terceira estátua do rei nessa área aponta para a possibilidade de que existam mais estátuas do faraó na região.

O comunicado adianta que as escavações prosseguem no local para desenterrar as outras partes da estátua, que pode ter 3 metros de altura. Amenhotep III, que foi um dos mais importantes reis da dinastia XVIII, foi pai e avô dos faraós Akhenaton e Tutancâmon, respectivamente.

(Com agência EFE)

domingo, 19 de setembro de 2010

Mais um sitio arqueológico no Brasil!

Pesquisadores descobrem ossadas que podem ter mais de 3.000 anos em sítio arqueológico de Paim, em Minas Gerais. O projeto foi iniciativa do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), em parceria com o projeto de doutorado desenvolvido por Gilmar Henriques no Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo.

O Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), em Minas Gerais, acaba de realizar sua primeira escavação. Pesquisadores encontraram ossadas de três índios que podem ter sido enterrados no local há cerca de 3 mil anos.

As escavações aconteceram no sítio arqueológico "Abrigo do Ângelo", no município de Pains. O local foi identificado e registrado em 2002, segundo o diretor do museu, Gilmar Henriques. Ele conta que, na época, foi constatado um sumidouro com abertura de aproximadamente 60 centímetros de diâmetro no interior do sítio arqueológico, que está localizado na base de um rochedo de calcário.

"Em 2008, em uma visita ao sítio, foi constatado que o sumidouro havia se ampliado para um diâmetro de quase 4 metros, literalmente tragando para dentro da terra todo o sedimento do sítio, juntamente com todo o acervo arqueológico encontrado no local", relata. Foi então que a equipe apresentou um projeto para o resgate arqueológico do sítio.

O projeto foi iniciativa do MAC, em parceria com o projeto de doutorado desenvolvido por Henriques no Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo.

As escavações iniciais priorizaram a borda do sumidouro, área com maior risco de erosão, e no local foi possível constatar vestígios de atividades cotidianas: utilização de vasilhames cerâmicos e machados de rocha polida nos níveis superficiais, além da fabricação de ferramentas de pedra lascada e fogueiras onde vários animais foram preparados e em torno das quais foram consumidos.

"A fim de amostrar e compreender a utilização do local, iniciamos as escavações em um outro compartimento, mais afastado do sumidouro e, para nossa surpresa, nos deparamos com uma área cerimonial, ocupada por um cemitério pré-histórico utilizado em diferentes épocas", afirma o diretor.

Três esqueletos foram exumados. "Dois deles se apresentaram na forma de sepultamentos secundários, nos quais os ossos estavam desarticulados, mas arranjados. Um terceiro esqueleto se apresentou na forma de um sepultamento primário, com todos os ossos articulados, e em ótimo grau de preservação", descreve Henriques.

Sepultamentos semelhantes escavados no município de Pains foram datados em 7.000 anos. Mas as expectativas sobre a idade dos corpos só serão confirmadas após envio das amostras do esqueleto para a realização da datações radiocarbônicas.

O esqueleto também será estudado por antropólogos físicos, para que se levantem dados sobre seu sexo, idade, hábitos cotidianos, eventuais doenças e tipo de população a qual o indivíduo pertencia. Depois, o material será mantido no MAC. Uma exposição temporária com os achados do sítio deve ocorrer no segundo trimestre de 2011.

O diretor informa, também, que o Carste do Alto São Francisco é alvo de outro projeto de pesquisa, do arqueólogo Edward Koole, que desenvolve projeto de doutorado na USP (Universidade de São Paulo) sobre sítios da região que foram ocupados por caçadores-coletores do período Arcaico.

O MAC Foi inaugurado em abril deste ano e reúne achados arqueológicos encontrados em oito municípios da região: Pains, Arcos, Formiga, Córrego Fundo, Pimenta, Piumhi, Doresópolis e Iguatama.

Fonte:UOL

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Parecido com o nosso!

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul descobriram um sistema planetário com pelo menos cinco planetas que orbitam uma estrela semelhante ao Sol chamada HD 10180, a 127 anos luz de distância. Os pesquisadores também têm a evidência da existência de mais dois planetas, um dos quais teria a menor massa já descoberta. Isso tornaria o sistema similar ao nosso Sistema Solar, em termos de número de planetas (sete em relação a oito do Sistema Solar). Além disso, a equipe também encontrou evidências de que as distâncias dos planetas da estrela seguem um padrão regular, como também visto no nosso Sistema Solar. Na imagem, impressão artística do sistema planetário e à esquerda imagem aproximada da estrela.

Fonte: ESO

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Stonehenge

Cientistas que vasculhavam a área ao redor de Stonehenge informaram hoje que descobriram uma outra estrutura circular, apenas a algumas centenas de metros do famoso monumento localizado na Inglaterra. Existe algum debate sobre o que foi exatamente encontrado.

A equipe que descobriu a estrutura disse que ela poderia ser formada por postes de madeira, em uma versão circular com material diferente do monumento em pedra. Mas Tim Darvill, professor de arqueologia na Universidade Bournemouth, no sul da Inglaterra, demonstrou ceticismo, ao dizer acreditar que o sítio arqueológico parece mais uma tumba pré-histórica.


Segundo Darvill, o círculo é uma das descobertas feitas ao redor de Stonehenge que "realmente mostram o quanto ainda existe para descobrir e como o sítio arqueológico é grande". "Na sua época, Stonehenge estava no centro de um grande centro cerimonial na Europa", disse o pesquisador. Acredita-se que o monumento de pedra de Stonehenge tenha sido completado há cerca de 3,5 mil anos, embora existam vestígios de que o local era usado há 5 mil anos.


O arqueólogo da Universidade de Birmingham, Henry Chapman, disse estar convencido de que os postes eram fixados em pequenos buracos, e que estes "possivelmente tinham três ou mais metros" de altura, circulando o monumento de pedra de Stonehenge, a uma distância de apenas 900 metros. Chapman diz que o possível monumento gêmeo de Stonehenge deveria ter um uso religioso correspondente ao monumento central de pedra.

Fonte: Yahoo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Descoberta inscrição de 3.400 anos



JERUSALÉM (AFP) - A mais antiga inscrição encontrada até hoje em Jerusalém, um fragmento de uma tabuleta de argila de 3.400 anos de idade, foi descoberta recentemente na Cidade Santa, informaram nesta segunda-feira os arqueólogos que fizeram a descoberta.

O fragmento, de apenas 2 cm por 2,8 cm, possui uma inscrição em acádio cuneiforme, o idioma diplomático da época, e é um testemunho da importância que a cidade já tinha na Idade do Bronze, afirmam os arqueólogos.


A tabuleta foi encontrada na parte oriental da cidade, anexada por Israel depois da guerra de 1967, ao sul da esplanada das Mesquitas.


O texto do fragmento é muito pequeno para poder ser decifrado, pois, segundo o assiriólogo Wayne Horowitz, da Universidade hebraica de Jerusalém, encarregado de sua análise, a excelente qualidade da escritura demonstra que "é obra de um escriba altamente qualificado, a serviço do rei de Jerusalém".


Os cientistas aventam a hipótese de que se trata de uma correspondência entre esse rei cananeu e o faraó Akenaton.

Tabuinhas do mesmo tipo e da mesma época foram encontradas no final do século XIX no Egipto. Nas que puderam ser decifradas, havia pedidos de ajuda enviados ao faraó por seus vassalos na Palestina.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Turismo arqueológico

Turismo arqueológico
Cultura e aventura estão na bagagem dos viajantes que querem ter a experiência de participar de escavações em sítios bíblicos.

Patrícia Diguê - Revista Isto É

A rotina não se compara às cenas perigosas vividas no cinema por Indiana Jones, que se depara com caveiras, enfrenta cobras e luta contra conspiradores. Tampouco os objetos buscados se igualam à arca perdida que contém os dez mandamentos de Moisés ou ao mítico Santo Graal. Mas é possível sentir o gostinho da aventura de entrar em sítios arqueológicos bíblicos de verdade e ser arqueólogo por alguns dias, participando de escavações como um turista. A alta temporada para os “arqueoturistas” começa agora, no verão no Hemisfério Norte, e os locais de visitação se concentram basicamente no Oriente Médio. Localidades onde Jesus protagonizou milagres, onde nasceram os apóstolos e onde Davi venceu Golias fazem parte dos roteiros.

Não é necessário ser profissional ou estudante de áreas como arqueologia, antropologia ou história. Qualquer pessoa a partir de 16 anos pode integrar grupos de escavação. O trabalho é duro e consiste basicamente em cavar, carregar cestos de terra e cacos e limpar as peças encontradas, bem como assistir a palestras a respeito do tema estudado. Mas é recompensador para quem quer conhecer a história além dos livros. “Estar na escavação me fez experimentar uma cultura de milhares de anos atrás como se hoje ela ainda estivesse viva”, diz o americano Christopher Davidson, 32 anos, estudante de direito e soldado. Ele é morador de Boston, nos Estados Unidos, e esteve em Tel Dor, em Israel, um importante sítio na costa do Mar Mediterrâneo, entre Tel-Aviv e Haifa.

O Brasil não tem agências especializadas em turismo arqueológico bíblico. Mas é possível comprar pacotes no Exterior. A maior entidade deste ramo no mundo é a americana Biblical Archaeology Society (Sociedade de Arqueologia Bíblica), que lança programas anualmente – ela se refere aos turistas como voluntários. Este ano, são cerca de 30 opções, entre Israel e Jordânia. Mas também há sítios na Bulgária, na Itália e na Espanha. As inscrições na Sociedade custam cerca de US$ 50 e o preço das viagens varia entre US$ 250 e US$ 3.500, dependendo do local, do tempo de permanência e do que está incluído. As universidades responsáveis pelo trabalho in loco acompanham os “arqueoturistas”. Cada sítio chega a abrigar 200 voluntários numa temporada. O Archaeological Institute of America (Instituto Arqueológico da América) também promove viagens às regiões de escavação, mas, nos programas, os turistas não colocam a mão na massa e apenas visitam os sítios. O diferencial desses roteiros em relação aos pacotes turísticos regulares é o interesse arqueológico do grupo e o acompanhamento de profissionais da área durante toda a viagem.

O arqueólogo brasileiro Jorge Fabbro, especialista na Síria e na Palestina, fez três viagens para Israel como “arqueoturista”. “É uma aventura deliciosa”, diz ele. Na primeira vez, em 2005, esteve em Tel Dor, na costa mediterrânea; em 2006, em Mejiddo, um vale ao norte de Tel-Aviv; e em 2008, em Jerusalém. Ele lembra da emoção de ter encontrado um fragmento de uma banheira assíria de pedra em Tel Dor, uma evidência do domínio assírio na Palestina no século VIII a.C. “O prazer de trazer à luz um objeto que esteve enterrado por quase três milênios é indescritível”, conta ele. Fabbro diz que as viagens propiciaram a ele a oportunidade de trocar experiências, de conhecer pessoas de vários lugares do mundo e de se aprimorar no seu ofício. “O contato com o solo, o ar, a temperatura, os odores, as cores, os cenários onde ocorreram os fatos são fundamentais para entendê-los”, acredita o arqueólogo.

Os “arqueoturistas” são considerados peças relevantes para a sustentabilidade dos programas. Não só pelo suporte financeiro às escavações, mas também porque ajudam a ampliar a consciência sobre a importância das heranças arqueológicas. É uma forma de preservar os sítios, uma vez que as visitas acabam incentivando a criação de leis de proteção e o combate aos saques. A história sai ganhando.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Professores descobrem fóssil do maior predador já conhecido no RS



Fonte: UOL

O fóssil do predador gigante foi encontrado no município de Dona Francisca (RS);
Pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) encontraram um fóssil quase completo de um predador gigante de aproximadamente 238 milhões de anos. A descoberta ocorreu em um terreno no município de Dona Francisca, na região central do Estado do Rio Grande do Sul há cerca de trinta dias e foi apresentada nesta segunda-feira (10) pelo paleontólogo Sérgio Cabreira e pelo biólogo Lúcio Roberto da Silva.

O fóssil quase completo do tecodonte Prestosuchus chiniquensis, de aproximadamente sete metros de comprimento e 900 quilos de peso, representa um dos mais importantes achados deste grupo de répteis, que é considerado um grupo ancestral dos dinossauros e aves. “Este é o maior esqueleto e em melhor estado de conservação já encontrado”, afirma Cabreira.

“Esse achado tem enorme importância, com repercussão internacional, porque o conjunto completo pode nos dar informações amplas sobre este animal. Há diversos achados espalhados que se julga serem partes de prestosuchus. Agora, com todos os ossos, podemos certificar que realmente são desse tecodonte”, afirma o paleontólogo.

Os pesquisadores integram um projeto em associação com o Museu de Ciências Naturais da Universidade, que tem como objetivo a constituição de um amplo acervo fossilífero e também a implementação de atividades de museologia.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mais planetas...

Telescópio Kepler descobre cinco novos planetas fora do Sistema Solar

Do UOL Ciência e Saúde

Lançado em março de 2009 para rastrear planetas parecidos com a Terra fora do Sistema Solar, o telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana), fez suas primeiras descobertas. O equipamento identificou cinco novos exoplanetas, batizados de Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (4) em evento da Sociedade Astronômica Americana, em Washington.

Chamados de "Júpiters quentes" por causa de sua massas e altas temperaturas, os recém-descobertos planetas têm entre 2.200 e 3.000 graus Fahrenheit. Segundo cientistas, o calor torna improvável a existência de alguma forma de vida neles. Os cinco exoplanetas giram em órbita de estrelas maiores e mais quentes que o nosso Sol.

domingo, 3 de janeiro de 2010

A descoberta dos primeiros europeus

Há 7 000 anos, muito antes que gregos e romanos erguessem suas civilizações, povos que ocuparam o vale do Rio Danúbio alcançaram um notável desenvolvimento na organização social, na agricultura e no comércio

Laura Ming (Revista Veja)


Uma série de explorações arqueo-lógicas feitas no vale do Rio Danúbio, território hoje dividido entre a Romênia, a Bulgária e a Moldávia, trouxe à tona novidades surpreendentes sobre os povos da Antiguidade. Entre 5500 a.C. e 3500 a.C., aquele pedaço da Europa foi ocupado por populações com um estágio de desenvolvimento notável para o seu tempo. Elas eram organizadas socialmente, praticavam a agricultura e viviam em cidades que chegaram a ter 2 000 moradias, incluindo prédios de dois andares. Sabiam fundir e moldar o cobre – um grande avanço tecnológico para a época – e o ouro e mantinham relações comerciais entre si. Tudo isso milênios antes que os gregos e os romanos erigissem suas civilizações ou até mesmo que os egípcios construíssem suas pirâmides. Como não dominavam a escrita, não deixaram registros que nos informem como chamavam a si próprios. Os historiadores se referem a eles como os povos da Europa antiga e, para identificá-los, usam o nome atual das regiões que habitaram, como Hamangia, Cucuteni e Varna. Uma coleção de 250 objetos e obras de arte dos povos da Europa antiga pode ser vista até o fim de abril no Instituto para Estudos do Mundo Antigo da Universidade Nova York. Pela primeira vez, a maioria das peças deixa os museus dos países nos quais foram encontradas.

Há um século já se sabe da existência dos povos da Europa antiga, mas apenas na década de 70 foram estudados os sítios arqueológicos que permitiram reconstituir sua história. As descobertas dos artefatos, no entanto, permaneceram ocultas pela Cortina de Ferro comunista até o início da década de 90. Mesmo após a queda do Muro de Berlim, os arqueólogos dos grandes centros mundiais de pesquisa tiveram dificuldade em investigar o assunto porque os estudos só haviam sido publicados em romeno, búlgaro e moldávio. "São línguas que poucas pessoas falam na Europa Ocidental. Esperamos que a exposição faça com que mais cientistas se interessem por esses povos e realizem pesquisas sobre eles", disse a VEJA a arqueóloga americana Jennifer Chi, curadora da mostra.

Ainda há muito a descobrir a respeito dos povos da Europa antiga. Sabe-se que migraram de regiões onde hoje estão a Grécia e a Macedônia e que cultivavam trigo e cevada, além de criar gado bovino e ovelhas. Os grupos eram independentes e, provavelmente, falavam várias línguas. Mas mantinham um comércio ativo uns com os outros. Peças feitas de um tipo de concha Spondylus, que existe apenas no Mar Egeu, foram encontradas na Polônia e são o registro arqueológico mais antigo de comércio a longa distância. Acredita-se que, na época, pulseiras e colares feitos com essas conchas fossem tão valiosos quanto os confeccionados com ouro e simbolizassem alto status social.

A peça que mais causa sensação nos visitantes é a estatueta batizada de O Pensador, pela semelhança com a escultura homônima do francês Auguste Rodin (1840-1917). Entre os povos da Europa antiga, imagens masculinas eram raridade. Já as representações de mulheres são comuns. Os corpos estilizados eram vistos como símbolos femininos divinos que trariam fertilidade para os homens e para as terras. Como uma sociedade tão evoluída desapareceu do mapa permanece um mistério. Os historiadores apostam numa invasão de suas terras por guerreiros nômades vindos do norte e também em mudanças no clima da região que teriam inviabilizado a agricultura. Os estudos sobre as mais antigas civilizações da Europa, concordam os cientistas, estão apenas no início.

Super Terra

Um grupo de astrônomos do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos, descobriu um planeta com uma massa seis vezes maior que a da Terra e que pode ter 75% de sua superfície coberta de água, além de uma atmosfera gasosa. A descoberta do planeta, que é um dos que mais se parece com o nosso até então, foi publicada nesta quinta-feira pela revista especializada Nature.

A "Super-Terra", como está sendo chamado o planeta batizado de GJ 1214b, está a 42 anos-luz de distância e em outro sistema solar. Sua relativa proximidade torna possível estudá-lo a ponto de determinar sua atmosfera, informaram os cientistas. "Isso faria desse planeta a primeira 'Super-Terra' com atmosfera confirmada - mesmo que esta atmosfera não seja boa para a vida como a conhecemos", explicou David Charbonneau, que coordenou a equipe de pesquisa.

O GJ 1214b tem uma órbita de 38 horas em torno de uma estrela pequena e fraca, com cerca de um quinto do tamanho do Sol. A temperatura do novo planeta, no entanto, é muito alta para abrigar formas de vida como as terrestres, já que os cientistas calculam que ela gira entre 120 e 280 graus Celsius.

A maior semelhança com a Terra está na densidade, apontam os cientistas. As descobertas até agora sugerem que o planeta recém descoberto é composto por cerca de três quartos de água e gelo e um quarto de rocha. "Apesar de sua temperatura alta, este parece ser um mundo de água", disse Zachory Berta, estudante que primeiro identificou indicações da presença do planeta.

(Com agência France-Presse)