segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novas esfinges são achadas em avenida que unia templos de Luxor e Karnak



Cairo, 15 nov (EFE).- Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges, estátuas com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro, na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, a 600 quilômetros ao sul do Cairo,

Segundo um comunicado do Conselho Supremo de Antiguidades estas esculturas datam da época do último rei da 30ª dinastia (343-380 a. C.).


A avenida, ladeada por uma dupla fila de esfinges que representavam o deus Amon, tem cerca de 2.700 metros de comprimento e 70 de largura e foi construída por Amenhotep III (1372-1410 a.C.) e restaurada, posteriormente, por Nectanebo I (380-362 a.C.).


Por outro lado, os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une a avenida onde foram achadas as estátuas, com o rio Nilo.


A nota explica que, até o momento, só foram desenterrados 20 metros dos 600 que compõem o novo caminho, e que continuam as escavações para descobrir o resto deste trajeto, construído com pedra de arenito, um sinal da importância que tinha em seu tempo, esclarece o comunicado.


O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawas, explicou que o caminho achado era o que se utilizava para transferir em procissão a imagem do deus Amon em sua viagem anual ao templo de Luxor, para se encontrar com a imagem de sua mulher Mut.


Além disso, esta via era utilizada pelo rei quando participava de cerimônias religiosas, segundo Hawas. EFE

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os oásis no lado escuro da lua

A Nasa anuncia a descoberta de grandes quantidades de água no satélite e alimenta o sonho de construir sua base lunar

Por Hélio Gomes
(Revista Isto É - Ed. 2138)

Há pouco mais de um ano, um experimento radical da Nasa deixou boa parte da população mundial com a pulga atrás da orelha. Sob o pretexto de buscar evidências da existência de água na Lua, a agência espacial americana lançou um foguete contra uma das crateras localizadas no lado eternamente escuro do satélite. Com o impacto, seis toneladas de detritos foram lançadas no espaço. Noventa segundos depois, uma sonda não tripulada recolheu parte do material para estudo. A expectativa era confirmar que ao menos 1% dele seria água em estado sólido ou gasoso. Para surpresa de muitos, o volume chegou a generosos 5,6%. A descoberta, fruto de mais de 12 meses de análises, foi anunciada na semana passada na capa da revista especializada “Science”, a mais respeitada publicação científica do mundo.

As intenções por trás do experimento nunca foram negadas pela Nasa. Com ele, os americanos queriam descobrir se o abastecimento de água para uma possível estação lunar poderia ser garantido pelas reservas locais. Além da retomada dos voos tripulados à Lua ser um dos objetivos da atual gestão do órgão governamental, uma possível base lunar americana também serviria como uma espécie de “centro de lançamento” para missões mais ambiciosas, como uma viagem tripulada a Marte. “Encontramos um volume significativo de água”, disse Anthony Colaprete, cientista-chefe das pesquisas da Nasa. “E o melhor é que ela estava na forma de cristais de gelo. Você não precisa aquecê-los demais para alcançar o estado líquido e avançar para o processo de filtragem”, complementa o pesquisador.
As descobertas não param por aí. Graças às informações recolhidas por suas sondas, a Nasa chegou à conclusão de que o lado escuro da Lua é re­pleto de oásis em tamanhos diversos e localizados em crateras como Cabeus, a escolhida para receber o impacto do foguete americano. Em alguns desses lugares, as temperaturas alcançam -244ºC, o que garantiria a preservação do gelo por bilhões de anos. “Batizamos essas áreas recém-descobertas de ‘permafrost lunar’. Elas são muito maiores do que supúnhamos”, afirmou David Paige, mais um pesquisador da Nasa.

Claro que a história rendeu boas teorias de conspiração, já que, além de água, a Nasa achou elementos como cálcio, hidrogênio, monóxido de carbono e mercúrio no solo lunar (leia quadro ao lado). Mas nada mexe mais com o imaginário popular do que a possibilidade de erguermos uma espécie de “puxadinho” em nosso satélite. Pensando nisso, o americano “Wall Street Journal” lançou a seguinte enquete em seu site: “Você apoiaria a construção de uma base humana na Lua?” Mais de cinco mil pessoas responderam à questão. O placar final? Nada menos que 81,3% a favor e 18,7% contra. Pelo visto, candidatos a colonos não serão problema.

Quase "Jurassic Park"

Como no filme, cientistas encontraram insetos preservados há mihões de anos em âmbar. E descobriram uma conexão ainda maior entre a Índia e a Ásia

Por André Julião
(Revista Isto É - Ed. 2138))

O achado de insetos com 50 milhões de anos em ótimo estado de conservação está reescrevendo a história da geologia e da biodiversidade da Índia. Os animais são muito mais parecidos com aqueles que se espalham atualmente pelo resto da Ásia do que supunham os cientistas, o que indica que o choque do território com a Eurásia aconteceu mais cedo do que se acreditava. Antes de fazer parte do continente asiático, a Índia era uma ilha. Por 100 milhões de anos ela se moveu, até se chocar com o continente vizinho, formando a cadeia de montanhas do Himalaia. Outra hipótese é de que, antes de se chocarar, os dois territórios fossem ligados por ilhas.

Os animais encontrados estavam conservados em âmbar, a resina fossilizada de árvores. A descoberta lembra o filme “Jurassic Park”, de 1993. Na ficção do diretor Steven Spielberg, mosquitos que picavam os dinossauros foram encontrados nas mesmas condições – o que permitiu a fantasiosa recriação dos lagartos jurássicos. “Onde quer que haja ilhas ou continentes que estiveram isolados por longos períodos, existe endemismo (ocorrência de espécies exclusivas daquele local)”, disse à ISTOÉ Jes Rust, paleontólogo da Universidade de Bonn (Alemanha) e chefe do estudo. “A Austrália, que não teve contato com outras partes do planeta nos últimos 30 milhões de anos, é o exemplo mais conhecido”, explica. Outros casos incluem a ilha de Madagascar, na África, e a América do Sul. Segundo o pesquisador, o novo estudo leva a crer que apenas três milhões de anos sejam suficientes para que espécies de diferentes origens se misturem.



Para chegar a essas conclusões, Rust e outros pesquisadores extraíram cerca de 150 quilos de âmbar de depósitos na Índia ocidental. Eles identificaram elementos químicos que sugerem que a resina foi produzida por uma família de árvores tropicais distribuídas por grande parte do globo. Para alcançar os animais, dissolveram o material, do qual extraíram 700 indivíduos inteiramente preservados de insetos, aracnídeos e crustáceos ancestrais, de pelo menos 55 famílias. Havia ainda restos de plantas e fungos.

Além da Ásia, os animais têm ainda conexões com espécies hoje encontradas na Austrália e com outros espécimes ancestrais achados em pontos distantes da América Central. “Foi uma grande surpresa. Esperávamos encontrar espécies totalmente distintas, já que elas evoluíram isoladamente por muito tempo”, diz o paleontólogo. O parentesco dos insetos indianos com seres que vivem em territórios tão longínquos criou um novo conceito para o termo “parente distante”.

Estátua do faraó Amenhotep III é encontrada em Luxor


Sex, 05 Nov, 09h18



CAIRO (AFP) - Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass.

A estátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor.


"É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário" de Amenhotep III, disse Hawass.


Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado, outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3.000 mil anos, na mesma região.


Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C, seria o avô de Tutankamon, segundo análises de DNA de diversas múmias.


Petrobrás assina convênio para revitalização do Vale dos Dinossauros


A Petrobras e o Governo do Estado da Paraíba, através da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) assinaram no dia 26 de outubro, contrato de patrocínio do projeto de Revitalização do Monumento Natural Vale dos Dinossauros.

O objetivo do projeto é proteger e recuperar as instalações físicas, as réplicas dos dinossauros, as máquinas, equipamentos e utensílios, além de possibilitar ações como a confecção de material educativo para orientar a prática de pesquisa cultural e científica na região.