quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Físicos europeus descobrem partículas mais rápidas que a luz

Pesquisadores do Cern dizem ter encontrado neutrinos que desafiam a teoria da relatividade de Einstein

iG São Paulo | 22/09/2011 17:01

Físicos anunciaram esta quinta-feira (22) que partículas subatômicas denominadas neutrinos podem viajar mais rápido que a luz, uma descoberta que, se comprovada, seria inconsistente com a teoria da relatividade de Einstein.

Em experimentos feitos entre o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça, e um laboratório na Itália, as minúsculas partículas foram cronometradas a uma velocidade de 300.006 km/seg, sutilmente mais rápido do que a velocidade da luz, afirmaram os cientistas.

“Dá uma sensação de que tem alguma coisa errada, que isso não pode estar acontecendo,” disse James Gillies, porta-voz do Cern. Ele afirmou que os resultados surpreenderam tanto os pesquisadores da institução que eles pediram que outros colegas verificassem suas medições antes de anunciar de fato a descoberta.”Eles estão convidando a comunidade mundial da Física a examinar minuciosamente seu trabalho, e idealmente, conseguir que alguém repita os resultados,” afirmou.

A equipe do acelerador de partículas do Fermilab, nos Estados Unidos, já se comprometeu a iniciar esse trabalho. “É um choque,” disse o chefe do grupo de Física Teórica do Fermilab, Stephen Parke, que não fez parte da pesquisa na Suíça. “Vai nos causar um monte de problemas, isso é fato. Se é que é mesmo verdade”.

O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.

Outros cientistas de fora do Cern mostraram ceticismo. O chefe do departamento de Física da Universidade de Maryland chamou a descoberta de “tapete voador”, algo fantástico demais para ser crível.

O Cern afirma que um raio de neutrinos (conhecidos por ser uma das partículas mais estranhas da Física moderna) disparado de Genebra para um laboratório na Itália a 730 quilômetros de distância viajou 60 nanossegundos mais rápido que a velocidade da luz, com uma margem de erro de 10 nanossegundos. Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência.

“Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.

Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.

Mas os cientistas concordam que se os resultados forem confirmados, eles vão forçar uma revisão completa das leis da física.

A Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz é a base de toda a física moderna, afirmou John Ellis, físico do Cern que não esteve envolvido na experiência. “Funcionava perfeitamente até agora”, ressaltando que os pesquisadores do OPERA podem ter a responsabilidade de explicar como neutrinos mais rápidos que a luz não foram descobertos até agora. “Se for verdade, é uma descoberta tão fantástica, mas tão fantástica, que temos que ser cuidadosos até confirmá-la”.

(Com informações da AP e AFP)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Água salgada em Marte.

A Nasa anunciou nesta quinta-feira a descoberta de manchas superficiais que aparecem nas encostas de Marte durante a temporada de calor e desaparecem na temporada de frio, que poderiam ser formadas por água salgada.



A descoberta foi feita graças à análise de uma série de imagens obtidas pelo Experimento Científico de Imagens de Alta Resolução (HiRise) do Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês), que explora o planeta vermelho desde 2006.

O diretor da Nasa para pesquisa científica do programa de prospecção a Marte, Michael Meyer, fez o anúncio em entrevista coletiva junto ao professor Alfred McEwen da Universidade do Arizona, entre outros membros da equipe. EFE

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A história do sorvete.




Os indícios mais antigos a respeito de algo parecido com o sorvete se encontram na antiga civilização chinesa, na qual se fazia um doce gelado com neve, suco de fruta e mel. Alexandre, o Grande, é visto para muitos historiadores como o introdutor do sorvete na Europa, o qual mudou um pouco o método de fabricação: ao invés de se utilizar a neve, diretamente, uma mistura de salada de frutas embebida em mel era resfriada em potes de barro guardados na neve.

Em 1292, por meio da viagem do italiano Marcopolo à China, diversas novidades foram trazidas para a Itália; uma delas era o sorvete feito com leite. Essas iguarias ficaram bastante populares na França por volta de 1500, porém apenas a realeza tinha acesso às novidades mais sofisticadas. No final do século XVIII, os sorvetes cremosos já haviam saído da elite e passaram a estar presentes em todas as camadas sociais, tendo também, alcançado enorme popularidade nos Estados Unidos por meio dos colonos ingleses.

Mesmo com todo o sucesso do sorvete, sua fabricação ainda era difícil. Isso foi resolvido em 1846, quando a norte-americana Nancy Johnson inventou um congelador que agitava uma mistura dos ingredientes. Em 1851, o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes, se tornando o primeiro a produzir o produto em larga escala.

Com isso, o sorvete ganhou uma popularidade ainda maior e os EUA se consolidaram como os maiores produtores do mundo. Foram os americanos, inclusive, que no fim do século XIX criaram as três receitas mais famosas de sorvete: o sundae, a banana split e o ice cream soda, os quais fazem sucesso até hoje e são símbolos da cultura do país.

Sonda detecta fluxo de água em Marte

04/08/2011 16h01 - Atualizado em 04/08/2011 16h05

Sonda detecta fluxo de água em Marte

Estruturas no solo seriam formadas por água corrente, diz estudo.
Descoberta é o mais perto que se chegou de detectar água líquida.

Do G1, em São Paulo

A sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) encontrou evidências de que água corre em Marte durante períodos de calor, divulgou a agência espacial americana (Nasa) nesta quinta-feira (4) em um estudo publicado na revista especializada Science.

As fotografias mostram estruturas escuras e compridas no solo marciano durante a primavera e o verão do planeta. No inverno, elas desaparecem e retornam na primavera seguinte.

“A melhor explicação até agora é o fluxo de água salgada”, afirma o líder do grupo que estudou as imagens, Alfred McEwen, da Universidade do Arizona.



Imagem feita a partir de fotografias de satélite e modelos 3-D mostra as marcas feitas pelo fluxo de água em cratera de Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)De acordo com os pesquisadores, o fluxo de água explica a formação das estruturas. Se ela for salgada, explica por que congela mais tarde do que seria esperado. Água pura congelaria na temperatura local, mesmo no verão.

A descoberta é o mais perto que os cientistas já chegaram de encontrar água líquida no planeta. Água congelada foi detectada perto da superfície em diversos pontos.

“O programa de exploração de Marte da Nasa continua nos trazendo mais perto de determinar se o planeta vermelho pode abrigar alguma forma de vida”, disse o administrador da agência, Charles Bolden.



Fotografias da MRO mostram evolução das marcas feitas ao longo das estações em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Paleontólogos encontram em Uganda crânio de macaco de 20 milhões de anos




Paleontólogos encontram em Uganda crânio de macaco de 20 milhões de anos
Publicada em 03/08/2011

O Globo (ciencia@oglobo.com.br)


RIO - Uma equipe de cientistas ugandenses e franceses encontrou em Uganda o crânio de um macaco de 20 milhões de anos. O fóssil foi achado no dia 18 de julho, na fronteira com o Quênia, numa região onde antigamente havia um vulcão. O material ainda precisa ser restaurado e estudado.


- É a primeira vez que se encontra o crânio completo de um macaco desta idade - disse Martin Pickford, paleontólogo do College de France, em Paris.

Até agora, sabe-se que se trata de um herbívoro que subia nas árvores e que tinha dez anos quando morreu, informa o jornal espanhol "El Mundo". A cabeça era como a de um chimpanzé, mas o cérebro se aprecia ao de um babuíno, cujo tamanho é maior.

Agora, os restos serão levados para Paris, para serem restaurados e estudados, informou Bridgette Senut, professora do Museu Nacional de História Natural:

- Será limpo e preparado na França e depois de cerca de um ano voltará para Uganda.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Família Schürmann encontra submarino nazista afundado no litoral de Santa Catarina

Lucas Azevedo
Especial para o UOL Notícias
Em Porto Alegre

Os velejadores da família Schürmann confirmaram na noite desta quinta-feira (14) mais uma proeza. Após longas pesquisas iniciadas no ano passado, eles encontraram os restos do submarino alemão U-513, naufragado em 19 de julho de 1943, no litoral de Santa Catarina, por um hidroavião norte-americano.

O U-513, conhecido como Lobo Solitário, era comandado pelo capitão Friedrich Fritz Guggenberger. O oficial chegou a ser condecorado com a Cruz de Ferro pelo próprio Adolf Hitler por ter afundado um porta-aviões inglês.

A embarcação era responsável pelo abate de navios aliados na costa do Atlântico Sul. Ao menos três foram alvo do Lobo Solitário na costa brasileira.

Vilfredo Schürmann, o líder do grupo, ouviu a história da embarcação primeiramente em 2002. De lá pra cá, foi atrás de documentos em diversos países até reunir uma expedição com voluntários e pesquisadores a bordo do veleiro Aysso.

Em breve os Schürmann divulgarão mais dados sobre a descoberta, que também será tema de um documentário.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O mistério da escada.




O Mistério da Escada

Esta escada esta no interior da Capela de Loretto, cidade de Santa Fé (Estados Unidos). O que a torna tão especial é o fato de ter sido construída com uma madeira desconhecida e não se apoiar em qualquer ponto central. Por esta razão a sua construção está envolta numa lenda:

Quando a capela ficou pronta, no fim do século XIX, as freiras sentiram falta de uma escada que as levasse até o pavimento superior. Elas passaram nove dias rezando para São José, que era carpinteiro. Um desconhecido bateu à porta da capela no último dia. Disse que era carpinteiro e que poderia dar conta da tarefa. Ele construiu a escada, que é considerada um prodígio de carpintaria, sem ajuda alguma, ninguém sabe como ela ficou de pé. A escada não tem um suporte central. Depois, o carpinteiro - que não usou prego nem cola para construir a escada - sumiu sem deixar vestígios. Nem esperou para receber o pagamento.

Passou-se a acreditar que o carpinteiro era na verdade S. José, enviado por Jesus para atender às súplicas das freiras. Outro aspecto que reforça o milagre é o fato da escada conter 33 degraus, a idade de Cristo.

É sem duvida uma construção bastante misteriosa para a qual engenheiros e arquitetos ainda não tem resposta.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SOL


O SDO - Solar Dynamics Observatory é um satélite da Nasa com a missão de monitorar continuamente o Sol em tempo real e produzir imagens em detalhes nunca antes vistos. A primeira imagem divulgada foi em 21 de abril de 2010, há um ano. Esta imagem de 15 de fevereiro de 2011 mostra chamas fazendo um X no Sol, além de um fraca "auréola" ao redor do astro formada por ejeção de massa por cerca de 11 horas

Artefatos de 15.500 anos achados no Texas colocam em dúvida teoria sobre colonização da América

Por Jean-Louis Santini
Em Washington

A descoberta no Texas de um sítio arqueológico contendo milhares de vestígios de 15.500 anos atrás faz recuar em pelo menos 2 mil anos as estimativas de chegada dos primeiros ocupantes à América, além de colocar em dúvida a teoria atual sobre a colonização do continente.

Uma corrente em vigor acredita que as primeiras tribos americanas fariam parte da cultura denominada Clóvis, com traços encontrados em vários pontos, a partir de 1932.

Segundo esta hipótese controversa, os portadores desta cultura, caracterizada por uma técnica muito particular de entalhe de pontas de sílex de dois gumes, teriam vindo da Ásia há cerca de 13.500 anos através do Estreito de Bering, durante a Era do Gelo. Eles teriam, em seguida, se espalhado por todo o continente, até chegar à América do Sul.

O novo sítio arqueológico texano, chamado "Debra L. Friedkin" e situado a cerca de 60 km ao noroeste de Austin, documenta com um número de indícios sem precedentes uma ocupação humana do continente americano anterior à cultura Clóvis.

O achado coloca em dúvida a teoria atual dos primeiros povos americanos, destacou Michael Waters, diretor do Centro de Estudos dos Primeiros Americanos da Universidade do Texas e principal autor do trabalho, publicado na revista americana Science, que estará nas bancas a partir desta sexta-feira (25).

"Essa descoberta nos força a repensar as origens da colonização das Américas", insistiu o pesquisador. "Não há dúvidas de que essas ferramentas e armas foram fabricadas por humanos e que têm cerca de 15.500 anos de idade, o que faz delas os vestígios mais antigos encontrados até hoje na América do Norte", acrescentou.

"Isso é importante para fazer avançar o debate sobre a data de chegada dos primeiros ocupantes das Américas, mas também para nos ajudar a compreender as origens da cultura Clóvis", segundo ele.

Michael Waters destacou durante uma teleconferência que a teoria do povoamento do continente americano pela cultura Clóvis possui várias grandes falhas.

Por exemplo, não existe qualquer traço da "tecnologia" de entalhe de sílex dos Clóvis no nordeste da Ásia, de onde esses colonizadores teriam vindo.

Ainda, as pontas de flechas de sílex descobertas no Alasca e que precediam em mil anos à chegada da tribo Clóvis foram fabricadas de forma diferente.

Enfim, acrescenta esse arqueólogo, seis sítios datando do mesmo período da "cultura Clóvis" descobertos na América do Sul não contêm qualquer traço que possa ser assimilado a essa "cultura".

"Esses fatos levam à conclusão de que os Clóvis não poderiam ser os primeiros americanos e que outros homens já se encontravam na América antes", completou o cientista.

Entre os indícios anteriores, o cientista menciona, principalmente, dois sítios no Wisconsin (norte) datando de 14.200 a 14.800 anos, as cavernas de Paisley no Oregon (14.100 anos) e Monte Verde, no sul da América do Sul (14.500 anos).

"Resumindo, chegou a hora de abandonar de uma vez por todas a teoria da colonização dos Clóvis e elaborar um novo modelo que explique o povoamento das Américas. Nesse sentido, o sítio Debra L. Friedkin deu um grande passo em direção a essa nova compreensão dos primeiros habitantes do novo mundo", insistiu Michael Water.

A datação é feita através de uma técnica por luminescência, calculando-se quando os sedimentos que cobrem os vestígios foram expostos à luz pela última vez.